As Centrais Sindicais realizaram, no Vale do Anhangabaú, região central da cidade de São Paulo, um ato unificado para celebrar o 1º de Maio, sob o tema "Emprego, Renda, Direitos e Democracia".
As Centrais levaram às ruas 15 reivindicações que tratam desde a política de valorização do salário-mínimo até a regulamentação do trabalho por aplicativos e a defesa das empresas públicas. São elas:
Fortalecimento das negociações coletivas;
mais empregos e renda; fim dos juros extorsivos;
política de valorização do salário-mínimo;
direitos para todos;
revogação dos marcos regressivos da legislação trabalhista;
fortalecimento da democracia;
aposentadoria digna;
trabalho igual, salário igual;
valorização do servidor público;
contra o assédio moral, a violência e o racismo;
revogação do "novo" ensino médio;
desenvolvimento econômico e social;
regulamentação do trabalho por aplicativos;
em defesa das empresas públicas.
Magri e Toninho Fernandes
Para Antonio Rogério Magri, presidente do Sinpefesp, a unificação das Centrais é importante forma de se obter maior geração de empregos e renda. "É preciso fortalecer os sindicatos para que os postos de trabalho sejam de qualidade e com carteira assinada", afirmou.
José Antonio Martins Fernandes, o Toninho, afirma que o diálogo entre instâncias do Governo Federal e os sindicatos voltou. "Ficamos um bom tempo sem interlocução com agentes governamentais. Isso tornou as ações sindicais extremamente difíceis. Com a volta das conversações, poderemos avançar e representar ainda melhor os profissionais de Educação Física.
O discurso de Lula
Em seu discurso, o presidente Lula deu sua palavra que trará de volta a geração de empregos. "Já estive nos Estados Unidos, na China, em Portugal, na Espanha, na Argentina, no Uruguai. E estamos dialogando com empresários estrangeiros para que voltem a investir e gerar empregos no Brasil", enfatizou.
Ele lembrou que em 8 de março enviou um projeto de lei para realmente garantir, sem vírgula ou ponto final, que as mulheres ganhem o mesmo que os homens se fizerem o mesmo trabalho.
O presidente lembrou que mais uma vez, a data do Dia Internacional do Trabalhador é comemorada em diferentes cidades do gigante sul-americano como um Primeiro de Maio Unificado, levando em conta a união de várias centrais sindicais, convencidas de que agora a vitória da democracia está sendo comemorada após o resultado da última eleição presidencial.
"A volta do diálogo com o Movimento Sindical permitiu dar aumento real de salário-mínimo, coisa que não aconteceu com Bolsonaro", disse Lula. E continuou:
"Na nova tabela do imposto de renda foi aumentada a isenção, que passou de R$ 1.903,98 para R$ 2.640,00. Isso permite que milhões de trabalhadores não fiquem à mercê da fúria do leão. A última atualização da tabela do IR havia sido em 2015, quando se fixou a faixa de isenção em R$ 1.903,98. De lá para cá, a inflação foi de aproximadamente 50%". E concluiu:
"Com juros a 13,75%, ninguém pede empréstimo nesse País. É um absurdo. Em 2026 serei candidato novamente".
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