A economia brasileira em 2021, todo mundo acompanhou.
Foi uma ladeira abaixo sem fim.
Pessoas de classe média, nas grandes capitais, sofreram.
Pela primeira vez, experimentaram a calçada como moradia.
Devido à pandemia e a uma política neoliberal selvagem, provaram da sopa de ossos, esmola e restos.
O governo atual fala economês, com w, x, y e z.
Mas, pelo menos 100 milhões de brasileiros só tentam resolver uma única equação: Pobreza versus bocas famintas.
De economia entendemos, primordialmente, o que se vê.
E vimos demissões, salários achatados, informalidade e situações análogas desumanas.
E cá entre nós, profissionais de Educação Física, em 2022 a situação não deve melhorar.
Continuaremos latindo no quintal para economizar cachorro.
Não há ótica social em Brasília. O neoliberalismo tratora direitos dos trabalhadores.
Já o patronato é poupado a todo custo, recebendo facilidades.
Nós, do Sinpefesp, ousamos dizer que, na atual conjuntura, os empresários precisam ficar espertos.
Sim, pois quem toma sopa de osso não frequenta academia, clubes e escolas.
Tanto é que, durante a crise, inúmeros estabelecimentos, alguns bastante sólidos, fecharam suas portas.
Precisam proteger seus recursos humanos a todo custo.
Afinal foram eles que, com seu profissionalismo, levaram a indústria da Educação Física a um grau de excelência.
Com a inflação acima dos dois dígitos, toda e qualquer negociação de Convenção Coletiva de Trabalho será difícil e espinhosa.
O momento é de união da categoria e de reflexão dos empresários.
Nosso Sindicato sempre estará disposto a negociar.
A força do Sinpefesp, lógico, vem da plena participação de seus associados.
Faremos tudo o que estiver a nosso alcance para que haja diálogo justo e sustentável.
Só assim atravessaremos 2022 sem maiores tropeços.
Antonio Rogério Magri
Presidente em exercício do Sinpefesp