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GAET, o sindicalismo fake

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GAET,
o sindicalismo fake
Que o trabalhador não tem voz nem vez no atual governo brasileiro é de um óbvio ululante.

Desde o final da administração Temer os interesses do capital vêm espezinhando o dos trabalhadores e, em especial, a atuação de seus lídimos representantes, que são os sindicatos.

A Brasília de nossos dias jamais chamou as centrais para dialogar sobre quaisquer assuntos destinados a proporcionar vida digna, mais emprego e renda à classe trabalhadora.

Recentemente chega uma notícia afirmando que o atual governo, representado pela Secretaria de Trabalho do Ministério do Trabalho e Previdência reuniu-se com representantes do Conselho Nacional do Trabalho para, conjuntamente, conhecerem documentos elaborados pelo Grupo de Altos Estudos do Trabalho (GAET).

Ora. Custo a crer que algum membro do tal GAET tenha um dia pegado no batente, no pesado. Será que passaram horas a fio, sob sol intenso, ensinando à borda de uma piscina, sujeitos à insalubridade, como um profissional de Educação Física?

Não tem graça a opinião de quem nunca tingiu as mãos de graxa. Ou tem?

Todavia, essa turma de gravata quer prestar subsídios que, segundo ela, podem ser relevantes para o debate público.

"São sugestões que, além de ajustes estruturais, podem se inserir na discussão de retomada do mercado de trabalho, com mais segurança jurídica para empregados e empregadores", dizem os engomadinhos.

O GAET é formado por ministros, desembargadores, juízes da Justiça do Trabalho, além de procuradores, economistas, pesquisadores das principais instituições patronais do país, advogados e especialistas em temáticas de relações do trabalho.

É de pasmar. É de tomar tal situação de coisas como mais uma provocação. Discutir trabalho sem o trabalhador é pastel de vento.

Assim sendo, somos absolutamente contra qualquer debate sem a presença de lideranças legitimamente eleitas pelos trabalhadores, de forma democrática e com voto nas urnas.



Antonio Rogério Magri
Presidente em exercício do Sinpefesp

Escrito por: caz.sinpefesp
Postado: 14/12/2021
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