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A desleal balança entre o capital e o trabalho

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A desleal balança entre
o capital e o trabalho
100 milhões de pessoas, praticamente metade da população brasileira, está numa situação muito difícil.

Dados confiáveis demonstram que, desses, 30 milhões vivem abaixo da linha da pobreza.

Ora, desigualdade entre classes sempre houve em nosso País. Mas nunca num patamar de fundo de poço como o atual.

Isso se deve muito à precarização das relações entre o capital e o trabalho, com sindicatos sendo o alvo principal do governo brasileiro.

O sindicalismo sempre quis diálogo. Participar das decisões governamentais. Mas, através de uma política neoliberal de extrema selvageria, vem sendo institucionalmente amordaçado.

O capitalismo proposto não deixa espaço ao trabalhador.

Os ganhos vêm sendo paulatinamente achatados.

Parece que Brasília quer, a todo custo, estabelecer o salário-mínimo como base, como um indigesto denominador comum.

Grandes profissionais, de alta especialização, estão sendo obrigados a baixar suas perspectivas, aceitando remuneração abaixo do que valem no mercado.

Ou assim procedem ou amargam a imensa fila do desemprego.

O estresse de quem vive à beira do abismo gera, cada vez mais, a depressão das pessoas.

A fome perene faz com que significativa parcela da sociedade entre na fila do SUS para se alimentar.

Muitos desmaiam sob o sol, cedendo ao monstro da desolação.

O capitalismo, por si, a tudo resiste.

Chegou a criar preço para ossos vendidos em açougues, qualificando-os como de primeira ou de segunda.

A voracidade do sistema atual é cega.

Mal sabem os empresários que, para vender seus produtos, dependem da saúde econômica de toda uma população.

A ninguém pode interessar esse estado de coisas.

Não adianta expor mercadoria em vitrines se ninguém pode comprar.

Em sua história de lutas, nosso Sindicato, o Sinpefesp, sempre fez bons acordos junto ao patronato.

Não houve uma Convenção Coletiva sequer com resultado econômico abaixo do índice inflacionário.

Mas o profissional de Educação Física, com seu trabalho de levar saúde e bem-estar à população, merece mais, pois vale acima do que merece.

Só a conscientização da categoria e sua mobilização podem fazer frente a tanto desatino.

Há muita coisa que o profissional não pode fazer ou dizer ao patrão. Mas nós, do Sindicato, podemos sim.

Quem decide é a categoria. É ela que deve apontar caminhos e exigir o cumprimento de suas querências.

Assim sendo, o Sinpefesp vai aumentar ainda mais sua presença na base.

E realizar assembleias permanentes, onde a voz da categoria deve ser ouvida de forma transparente e exequível.

Para sair desse poço sem fundo, a resposta é olho no olho.

Sindicato e sua base precisam se aproximar mais e mais.

Só assim, atrelado à compacta força de todos, o Sinpefesp poderá estar numa mesa de negociação devidamente fortalecido.



Antonio Rogério Magri

Presidente em exercício do Sinpefesp

Escrito por: caz.sinpefesp
Postado: 02/12/2021
Número de Visitas: 264

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