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UGT Press - 0306 - ASSANGE & WIKILEAKS

Nº 0306 - 29 DE AGOSTO DE 2012

JULIAN ASSANGE: o australiano Julian Assange, hoje celebridade mundial, foi notícia quando divulgou vídeos e documentos confidenciais, principalmente dos Estados Unidos, em abril de 2010. Pressões contra doações e patrocinadores, praticamente inviabilizaram o seu site WikiLeaks. Depois disso, em agosto de 2010, Assange foi acusado de supostos abusos sexuais contra duas mulheres (ele alega motivos políticos, em função da divulgação dos documentos), em Estocolmo (Suécia), o que provocou um mandado de prisão contra ele. Ao entregar-se à Justiça Britânica, ela decidiu por sua extradição. No mês de junho, Assange se refugiou na Embaixada do Equador, em Londres. O que há de novo? Contrariando todas as regras da diplomacia universal, Londres nega salvo-conduto e ameaçou invadir a Embaixada do Equador para prendê-lo e enviá-lo à Suécia. Aqui começou outra confusão: ativistas protestam, o caso virou novamente assunto mundial, países se envolvem e, aparentemente, não há solução em curto prazo. Entendemos que a atuação do WikiLeakes aconteceu dentro das normas de liberdade de expressão. Rafael Correa, presidente do Equador, acusado em seu país de impedir a liberdade de imprensa,  aproveitou-se do caso para se apresentar exatamente como paladino dessa liberdade. Um gesto e tanto no campo da propaganda política.

MIST: o Mist, composto por México, Indonésia, Coréia do Sul e Turquia, é o mais novo bloco econômico. O acrônimo Brics foi cunhado pelo Banco Goldman Sachs e pegou. Parece que o Mist tem tudo para ser o "bloco da vez". Vejamos: a) somam quase 500 milhões de habitantes; b) o PIB (Produto Interno Bruto) é de aproximadamente 4 (quatro) trilhões de dólares; c) a projeção de crescimento para 2013 é de, mais ou menos, 17% (os países que o formam, neste ano, crescem aproximadamente 15%); d) impressiona a diversidade de latitudes das economias, suas fortalezas e oportunidades, com peso para influenciar nos negócios globais. O Brics, apesar da China, terá crescimento pífio neste ano. O Brasil dificilmente chegará a 2%, em que pesem alguns bons sinais no atual trimestre.

ENQUANTO ISSO: na França, o presidente François Hollande continua surpreendendo com menos de 90 dias no cargo: está suprimindo o uso de carros oficiais. Enviou uma nota pequena a todos os organismos estatais que dependem da administração central, onde comunicou a supressão dos "veículos de empresa", desafiando de maneira provocativa (ou insultando na versão dos funcionários): "Se um executivo, que ganha 650 mil euros por ano, não pode permitir-se, com seu próprio dinheiro, ao luxo de comprar um bom carro, isso quer dizer que ele é demasiado ambicioso, que é estúpido ou que é desonesto. Nenhuma dessas três figuras interessa ao Estado francês". Está na hora de fazer algo semelhante no Brasil, pois exatamente aqueles que ganham mais são os que têm mais mordomias.

MAIS DA NOVA ADMINISTRAÇÃO FRANCESA: aboliu para os ricos o conceito de paraíso fiscal ("socialmente imoral") e baixou um decreto presidencial aumentando os impostos das famílias que ganham mais de 5 milhões de euros líquidos ao ano; privou as igrejas de subsídios estatais que financiavam parte do funcionamento dos colégios privados, dinheiro que pretende utilizar para construir jardins de infância e escolas primárias; reduziu os salários dos funcionários públicos, dos deputados e dos altos funcionários de estatais, cujos recursos devem constituir um fundo em favor das mães solteiras. A cada redução de benefício ou aumento de tributo, Hollande informa no que vai aplicar o dinheiro. Os resultados já são visíveis e a inflação não aumentou. É cedo, porém, para um veredicto definitivo.

RIO TINTO: a CNT (Central Nacional de Trabalhadores) do Paraguai fez um manifesto à opinião pública nacional e internacional denunciando o novo presidente da República e sua equipe ministerial por promover com a Rio Tinto/Alcan, empresa canadense, um acordo com duração de 20 ou 30 anos para a exploração mineral, com larga utilização de energia a preço baixo. Dizem os paraguaios que o novo acordo "sera peor que el tratado de Itaipu". Acusam ainda que, se efetivado, o acordo poderá ser responsável pela destruição e contaminação do meio ambiente.

EPL: o governo brasileiro criou a EPL-Empresa de Planejamento e Logística, que será responsável pela concessão de estradas, ferrovias, portos e aeroportos. De acordo com reportagem do jornal "O Estado de São Paulo" (17-08) "a estatal criada pelo governo para planejar e comandar as privatizações do setor de logística terá pelo menos 20 diferentes competências, desde a elaboração de projetos à formação de corpo técnico nas áreas de rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos". O jornal vai mais fundo em seus comentários e diz que a presidente Dilma Rousseff está ressuscitando o Geipot (Grupo Executivo de Integração da Política de Transportes), lançado na década de 60 pelo governo militar. UGTpress reitera que essas iniciativas constituem um esforço governamental para dar celeridade às obras públicas, normalmente emperradas na burocracia oficial.

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Escrito por: caz.sinpefesp
Postado: 30/08/2012
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