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UGT Press - 0305 - Ainda os Jogos Olímpicos

Nº 0305 - 21 DE AGOSTO DE 2012

JAMAICA: ainda sobre as Olimpíadas, sabe-se que, numa só prova (corrida de 200 metros livres), a Jamaica emplacou, ao mesmo tempo, ouro, prata e bronze. O país tem quase 3 milhões de habitantes, pouco menos do que o Uruguai. A Jamaica conquistou nos Jogos de Londres uma medalha para cada 242 mil habitantes. Gastando muito mais, o Brasil ganhou uma medalha em cada 1.150.000 habitantes. É quase covardia comparar o número de habitantes com aqueles países que estão à frente do Brasil. Considerando que o Brasil ficou na 22ª colocação, só 2 países (Estados Unidos e China) têm populações maiores. Cuba, por exemplo, 15ª colocada, tem 11,5 milhões de habitantes; Coréia do Sul, 5ª colocada, tem menos de 50 milhões de habitantes; o Cazaquistão, 12º colocado, tem pouco mais de 15 milhões de habitantes; e a Holanda, 13ª colocada, tem 16 milhões de habitantes. A massificação do esporte no Brasil será fundamental para melhorar nosso desempenho nos Jogos Olímpicos. Mas, sabe-se que não dá tempo para 2016, embora, com um trabalho sério, certamente poderíamos melhorar muito. A meta do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) para 2016 é ficar entre os 10 primeiros colocados.

ESTADOS UNIDOS VERSUS CHINA: a discussão em Pequim - quem foi o primeiro? - ficou ociosa em 2012. Quando se trata de contar suas vantagens, os Estados Unidos não são um exemplo de ética: depois de Pequim, contrariamente ao que tinham feito sempre, classificaram os resultados pelo número do total de medalhas ganhas. Em 2012, não foi preciso: os Estados Unidos estiveram à frente no quadro de medalhas, em qualquer forma que fosse feita a contagem. Esse desempenho foi fruto de um bom trabalho, com o objetivo de voltar ao topo do mundo. Não deixaram de existir os preconceitos, como informou Mac Margolis (Estadão 12/8, também correspondente da revista Newsweek). Para os americanos, a vitória nas argolas seria do chinês Chen Yibing. Surpreendidos pela medalha de ouro do brasileiro Arthur Zanetti, um comentarista da NBC disse: "Não sei não!". Também na China, alguns contestaram a contagem de pontos para o brasileiro, absolutamente unânime para todos os juízes. Bem, agora sabem e conhecem!

A CHINA VEM AÍ: a inferioridade chinesa frente aos Estados Unidos está dando o que falar em Pequim. Embora com bom resultado nas duas últimas Olimpíadas, crescendo muito em relação às Olimpíadas anteriores, os chineses não gostaram nem um pouco do resultado: segunda colocada absoluta (38 medalhas de ouro, 27 de prata e 22 de bronze) em 2012. Num discurso duro, o presidente do Comitê Olímpico Chinês, Liu Peng, falou: "Precisamos olhar para os problemas que tivemos e atuar com calma. Temos muito a fazer, precisamos trabalhar muito ainda. A maior dificuldade está nos esportes coletivos. Para 2016, nossos atletas irão trabalhar ainda mais. Precisamos aprender com os outros, principalmente treinadores de ponta e fazer melhor uso da tecnologia"  (Estadão 13/08). Portanto, a China promete em 2016.

OPORTUNIDADE ÚNICA: com os Jogos Olímpicos sendo realizados no Brasil (Rio de Janeiro, 2016), com certeza, teremos uma oportunidade única de melhorar o número de medalhas. Mas, esse não é o nosso maior desafio. Os desafios são: a) mostrar ao mundo uma cidade pacificada, limpa e segura; b) terminar a tempo as obras necessárias para os jogos, se possível sem corrupção (difícil essa parte, não?; c) apresentar uma organização exemplar, sem falhas: d) fazer boas solenidades de abertura e encerramento, sem as obviedades de sempre: escolas de samba e mulheres desnudas (a boa apresentação na solenidade de encerramento, em Londres, nos dá boas esperanças); e) se possível, um recorde no número de medalhas. Enfim, antes do desempenho nos jogos, há outras coisas mais importantes. Se tudo for bem, não será o fim de o mundo ficar sem a medalha de ouro no futebol masculino, a maior cobrança da mídia tupiniquim.
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PACOTE: Dilma Rousseff anunciou (15-08) várias medidas de incentivo à economia, principalmente na área de infraestrutura. Uma parte do espectro político (leia-se PSDB) saudou a iniciativa como um passo em direção à privatização. Discussão velha. As concessões de portos, estradas, ferrovias e aeroportos é o reconhecimento das limitações administrativas do setor público, no Brasil comprometido por uma série de fatores (não estão em discussão aqui). Contudo. há dúvidas quanto a eficiência das medidas em curto prazo. Tudo indica que elas produzirão resultados a partir do segundo semestre de 2013, mais fortemente em 2014, a tempo de serem capitalizadas no processo eleitoral daquele ano.

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Escrito por: caz.sinpefesp
Postado: 22/08/2012
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