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UGT Press - De novo, a marolinha

Nº 0297 - 26 DE JUNHO DE 2012

CRISE: as notícias são recorrentes e insistentes: a crise da Europa, um desdobramento da crise de 2008 que começou nos Estados Unidos, pode afetar meio mundo. O professor James K. Galbraith, da Universidade de Austin, no Texas, falou com a Agência Estado do Brasil. Sua tese é de que a crise de 2008 não acabou e que os riscos continuam os mesmos: recessão, pânico, corrida aos bancos. Ele defendeu uma ação do Banco Central Europeu semelhante a que ocorreu nos Estados Unidos em 2008, quando o governo foi capaz de conter o pânico em algumas semanas. "É preciso que a Alemanha escolha se adotará políticas diferentes para salvar o euro ou se segue no caminho atual e quebra todo o sistema", disse o professor Galbraith, que vem a ser filho do renomado economista John K. Galbraith.

EMERGENTES: segundo os repetidos pronunciamentos de nossa presidente, Dilma Rousseff, o Brasil não será afetado pela crise. "A crise não chegará aqui", ela tem dito, imitando ligeiramente a postura do ex-presidente Lula, dizendo que a grande onda, iniciada nos Estados Unidos, em 2008, não passava de uma "marolinha". Já o professor James pensa diferente: "Se houver uma nova rodada de desordem na Europa e nos Estados Unidos, ninguém vai escapar de ser afetado, obviamente". Contudo, ressalta que tanto o Brasil como a China são grandes países e "provavelmente teriam melhores chances de serem afetados mais modestamente". Dilma, apesar da retórica, tem tomado medidas para estimular o consumo interno.

DEFESA DO CRESCIMENTO: em que pesem as retumbâncias da Rio+20 em defesa de um crescimento mais sóbrio, sustentado, com economia verde em expansão, o mundo clama por um novo choque de crescimento, especialmente para salvar a Europa e o mundo da provável recessão. Barach Obama, presidente dos Estados Unidos, aderiu à onda pró-crescimento que está se espalhando pelo mundo desenvolvido. Estimulados pelas novas posições francesas, a partir da eleição de François Hollande, e assustados pela agudização da crise européia, espalhando-se por outros países, além da Grécia, os líderes do G8 informaram que tomarão "as ações necessárias para revigorar a economia" (Folha de São Paulo, A-22, 20/05). Os discursos de Angela Merkel contrastam com a rigidez interna na Alemanha, onde ela enfrentará uma eleição bastante difícil no ano que vem.

ESPANHA, A BOLA DA VEZ: a Espanha é considerada a quinta maior economia da zona do euro, contudo convive com um desemprego de 1/4 de sua população economicamente ativa (nos estratos jovens o índice sobe para mais de 40%) e seus bancos necessitam de 100 bilhões de euros para aguentarem o tranco. Panorama nada otimista. O chanceler espanhol, José Manuel García-Margallo, em sua passagem por São Paulo, em maio, utilizou a metáfora do Titanic: "Isso é como o Titanic. Se ele afunda, os passageiros da primeira classe também vão juntos" (Folha de São Paulo, já citada). Ele se referia naturalmente à Alemanha, cuja metade das exportações vai exatamente para os países da zona do Euro.

BRASIL: as opiniões sobre o desempenho do Brasil são divergentes. Quanto ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) já há consenso de que todas as previsões anteriores, aquelas feitas no final do ano passado, já estão sendo revistas e para menos. Provavelmente, o crescimento brasileiro ficará entre 2 e 3% e, diante do trágico panorama europeu e estadunidense, certamente estará muito bom. Para o analista financeiro indiano, Ruchir Sharma, o principal problema brasileiro é a moeda: "o real é uma das moedas mais caras, e isso é muito pouco competitivo" (Folha, Entrevida da 2ª, 14-05). Outras opiniões de Ruchir sobre o Brasil incluem gasto público alto, mão de obra cara, gargalos de infraestrutura, taxas de juros altíssimas, transparência de renda, mentalidade atrasada e corrupção. Nada que não saibamos. Apenas não concordamos com a "mão de obra cara" e sim com falta de mão de obra especializada.

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Escrito por: caz.sinpefesp
Postado: 26/06/2012
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