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UGT Press - Armas nucleares

Nº 0441 - 7 de abril de 2015

ARMAS NUCLEARES: apesar das inúmeras conferências sobre desarmamento, o mundo segue armado como nunca. Embora menor, há a percepção de que os riscos de utilização de armas atômicas são maiores hoje do que no passado, mesmo no período da Guerra Fria. A revista britânica The Economist estampou uma longa reportagem sobre "a nova era das armas nucleares", reproduzida pelo Estadão em 6 de março passado. Começou citando ex-secretários de Estado e outras autoridades americanas, recordando o artigo publicado por elas no The Wall Street Journal em janeiro de 2007. Aquelas autoridades pediram um sincero esforço global para a remoção dos arsenais atômicos. Na época, houve grande repercussão e a ideia foi assumida por pensadores e intelectuais.

CLUBE NUCLEAR: desde 1970, há um Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), assinado pela maioria dos países, mas com ausências importantes, como Índia, Paquistão e Coréia do Norte, todos possuidores de tecnologias pertinentes. Os primeiros países a desenvolverem artefatos atômicos foram Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, China e França. Antes do TNP, possuíam armas nucleares a Bielorrussia, o Cazaquistão, a Ucrânia (estes no âmbito da antiga União Soviética) e África do Sul. Antes de aderir ao TNP, a África do Sul declarou que "desmontou" sua estrutura nuclear. Há estados que não declaram possuir armas nucleares, mas que provavelmente, as têm, caso explícito de Israel. Durante muito tempo, o Brasil flertou com a possibilidade de possuir a bomba atômica, mas, parece, isso não faz mais parte de seus planos. O maior problema da atualidade refere-se ao Irã: várias vezes advertido pelo Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) em função dos progressos no tratamento de urânio, o país agora recebe um tratamento mais tolerante dos Estados Unidos (leia-se presidente Obama), com oposição sistemática e decidida de Israel.

PRÊMIO NOBEL DA PAZ: segundo a The Economist, "em abril de 2009, Barack Obama, falando em Praga, prometeu recolocar na mesa a redução de armas e, ao lidar pacificamente, mas com firmeza, com as ambições nucleares do Irã, dar novo alento ao Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP). Segundo ele, poderiam ser colocados em ação processos que levariam à renúncia mundial às armas nucleares no espaço de uma geração". Esta iniciativa foi fundamental para que Obama viesse receber o Prêmio Nobel da Paz. De fato, pouco tempo depois, na mesma Praga, foi assinado um novo acordo entre Estados Unidos e Rússia, capaz de reduzir e fixar o número de ogivas nucleares em 1550 para cada lado. Este acordo foi assinado por Obama e Dmitri Medveded, que endossou os objetivos antes anunciados. Foi um bom momento, aumentando as expectativas otimistas.

NOVOS PERIGOS: a contradição existente perante os esforços passados para a redução das armas nucleares reside no fato de que o mundo tornou-se mais perigoso na segunda década do novo milênio. A percepção é sublinhada por fatos concretos: o conflito entre Rússia e Ucrânia não foi resolvido e Vladimir Putin faz propaganda de seu potencial nuclear, abertamente, e investe na modernização de seu aparato militar; a China, não é segredo para ninguém, vem se preparando velozmente para estar apta a promover "contra-ataques nucleares"; os Estados Unidos consignaram verba orçamentária de 348 bilhões de dólares para melhorar o seu "arsenal de defesa"; a França e a Grã-Bretanha seguem os passos de Rússia e Estados Unidos. Mais de 150 países estão engajados dentro do TNP, mas aqueles possuidores de artefatos nucleares parecem distantes de avançar na eliminação de seus arsenais. O futuro, agora, tornou-se mais incerto.

VELHA ORDEM OCIDENTAL: "Tanto a China quanto a Rússia estão insatisfeitas com o que consideram uma ordem internacional com base em normas criadas para o Ocidente e por este dominada. Há fronteiras em disputa com bombas nucleares de ambos os lados entre a Índia e a China e o Paquistão", comentou a revista inglesa, aludindo ao fato de que essas regiões estão permanentemente em conflitos políticos e de fronteiras. Todos esses países estão investindo em novas armas, especialmente submarinos com mísseis balísticos. Além de serem países com inúmeros contrastes, nessa região está concentrada a maioria da população mundial e com crescimento econômico inegável. É natural que eles estejam combatendo a lógica ocidental de poder.

MAIO DE 2015: por que este assunto volta à tona? Em maio de 2015 vão se reunir os países do Tratado de Não Proliferação das Armas Nucleares, entre os quais o Brasil. Quais são os avanços a registrar? Da última reunião, sobraram mais de 60 pontos a serem revisados, analisados ou discutidos. Com essa nova situação mundial, de extrema instabilidade, o que podemos esperar? O economista Thomas Schilling, especialista em estratégia militar, citado pela revista, diz "toda crise será uma crise nuclear e toda guerra pode se tornar uma guerra nuclear". Se Barack Obama estava certo em 2009, o que podemos esperar dele enfraquecido em 2015? Prestemos atenção!

UNIÃO GERAL DOS TRABALHADORES
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Escrito por: caz.sinpefesp
Postado: 07/04/2015
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